Oie, meu nome é Apolo Schurmann
Cheguei na família Schurmann no Natal
de 2002, quando fui colocado no colo de uma linda e meiga menina. Eu era
ainda um cãozinho de 2 meses e não sabia nada da vida, mas sei que tive uma
sorte muito grande. Fui o presente de Natal de Kat. Os anos que passei ao lado
dela foram imensamente felizes. Brincávamos, fazíamos bagunça juntos, e
cuidávamos um do outro e nos tornamos verdadeiros amigos.
Quando ela tinha 13 anos, assim de repente, Kat foi
embora. Não um embora desses que uma pessoa faz, que viaja e depois volta.
Quando vi o carro chegar com Vilfredo e Heloisa tão tristes, meu instinto me
disse: o embora de Kat não tem mais volta.
Fiquei muito mal mesmo. Sem comer,
sem vontade de fazer nada. Heloisa começou a me dar comida na boca, fazer
cuxicuxi (carinho que Kat fazia atrás das minhas orelhas) e falava muito o
quanto Kat me amava. Vilfredo virou meu companheiro de caminhadas e eu latia e
o acordava ao nascer do sol. Assim, devagarzinho fui me recuperando. Toda
vez que abriam a janela do quarto dela, minhas orelhas ficavam em pé e eu pensava:
vai ver que meu instinto estava errado. Ela vai aparecer na varandinha e me
chamar com sua vozinha doce- Apoooolo! Como foi difícil esse tempo...
Um dia Heloisa e Vilfredo me contaram
uma nova e triste notícia: eles estariam partindo para uma longa viagem de
barco e eu não poderia ir junto. E agora o que seria de mim?
Mas tinha certeza que minha menininha
estava cuidando de mim lá do céu, procurando um novo lar para mim.
E foi assim mesmo: o amigo do
Vilfredo e da Heloisa, o Carlos Eduardo, um veterinário muito legal, que tinha
uma irmã e cunhado que queriam um cachorro adulto ( se bem que sou um eterno
cachorrinho ) queriam me adotar.
Toda a família Schurmann ficou
preocupada se eu ia me adaptar com outra família, depois de adulto. E eles iam
ficar com muitas saudades também.
Fui conhecer Renata e Daniel levado por Carlos Eduardo. Ele me acalmava o tempo todo dizendo:
eles vão gostar de você...
E aí aconteceu uma coisa muito legal
nessa minha vida de cachorro adulto: amor a primeira vista com minha nova
família!!!!
Fui morar num casa legal com quintal grande e eu continuei a ser o Apolo levado de sempre, fujão,
correndo atrás de passarinhos, brincando e amando todos ao meu redor.
Lógico que tive que e acostumar com meus "irmãos" os cachorros, o Xereta, a Una e a Ayla.
Mas para quem vem de uma família como
a dos Schurmanns, viver em equipe é moleza.
E quantas coisas novas foram
acontecendo!!! A família de Renata e Daniel cresceu e hoje tenho o pequeno
Theo, para cuidar e brincar.
Mas todos os finais de tarde,
tiro um tempinho e vou para um canto, olho para o céu, converso com Kat.
- Afinal sou um cachorro de sorte.
Sou amado por duas famílias e por muita gente que nem me conhece!
Aí uma nova tristeza aconteceu. Meu
amigão Carlos Eduardo foi velejar um dia, uma tempestade virou seu brquinho e ele foi encontrar com minha Kat. Puxa esse céu está
cheio de gente legal que vai embora, mas deixam todos nós aqui, com saudades. Agora tenho duas pessoas para conversar no céu.
E agora essa semana de agosto, chegou minha vez. Com 16 anos, ( igual a 90 anos dos humanos) eu estava ficando velhinho. Ja não comia e estava cansado. Renata e Daniel cuidaram de mim com muito carinho para que eu não sofresse. Mas estava na hora de partir. Até logo! Não fiquem tristes! Estou indo para o céu ao encontro de Kat e Carlos Eduardo, para pular e brincar. Sou
um cachorro de sorte mesmo!
Apolo partiu e nos deixou uma saudade infinita!
Nosso amor, de todos os Schurmanns
Que lindo!!! Foi um cachorro de muita sorte mesmo e as famílias que tiveram sua companhia tb tiveram muita sorte. Não te conheci mas tenho certeza que seríamos muito amigos. Que alegre o céu e faça companhia para seus mais queridos amigos por lá.
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